No século XX, observou-se uma proliferação de abordagens baseadas em evidências para áreas como a Medicina, a Agricultura e a Engenharia.
O princípio era o mesmo: optar por práticas que tivessem um respaldo em evidências oriundas de estudos científicos e que permitissem melhor previsibilidade de seu impacto.
Na área de Educação, esse movimento é mais recente e tem crescido nas duas primeiras décadas do século XXI, devido à recomendação de pesquisadores sobre a necessidade de que programas e práticas educacionais sejam baseados em evidências (P. Davies, 1999).
Desde então, um número crescente de estudos de alta qualidade avaliando programas replicáveis em ambientes educacionais reais têm sido produzidos, fornecendo evidências para informar as decisões de educadores e formuladores de políticas, bem como novas políticas têm sido desenvolvidas para apoiar o uso de evidências na tomada de decisões (Slavin, 2020).
Segundo Davies (P. T. Davies, 2004, p. 3), a abordagem de políticas informadas por evidências considera as melhores evidências disponíveis sobre programas, políticas e projetos no centro das decisões para a formulação e implementação de políticas. Por outro lado, opõe-se à política baseada na opinião, a qual considera a tomada de decisões com base em ideologias ou perspectivas individuais.
Alguns preferem o termo “baseado em evidências” no lugar de “informado por evidências”. De acordo com Slavin (2020), a perspectiva de reforma baseada em evidências se refere às políticas que permitem ou encorajam o uso de práticas e programas comprovadamente eficazes por meio de pesquisas rigorosas, em oposição à recomendação de práticas com princípios genéricos de efetividade”.
Essa recomendação enfatiza a produção de programas estruturados efetivos e replicáveis por meio da avaliação. Autores e iniciativas europeias têm dado preferência por “Educação informada por evidências”, o que traz a implicação da consideração de estudos com metodologias mistas e mais qualitativas, além dos estudos experimentais.
Os documentos da União Europeia fornecem orientações ao invés de estipulações sobre o uso de evidências na tomada de decisões.